A BR 277, que liga Curitiba a Paranaguá, acaba de ser liberada no sentido Curitiba pela Concessionária Ecovia e pela Polícia Rodoviária Federal. A liberação no sentido Paranaguá acontecerá por etapas, uma vez que é necessário inicialmente a retirada de todos os veículos que estão parados no acostamento após a Praça de Pedágio até o Trevo de acesso a Morretes.
Morretes decreta estado de calamidade e em Antonina já falta água mineral
As estradas que ligam Curitiba ao Litoral foram liberadas parcialmente, mas o tráfego é caótico. A recomendação continua sendo para que as pessoas não viajem para o litoral. Governo forma Comitê de Gestão de Crise
13/03/2011 | 09:59 | GAZETA DO POVOatualizado em 13/03/2011 às 16:35Morretes decretou estado de calamidade pública na tarde deste domingo, de acordo com aCoordenadoria Estadual de Defesa Civil. O chefe da seção operacional, capitão Eduardo Gomes Pinheiro, informou que a atitude foi tomada porque o município não estava conseguindo dar conta sozinho da situação. Além disso, trata-se de uma sinalização ao governo federal de que é preciso maior apoio e rapasse de recursos.
Após as chuvas fortes que atingiram o litoral desde a última quinta-feira (10), não há água mineral para se comprar em Antonina neste domingo (13). As vítimas devem recorrer à Defesa Civil, que distribui água potável e alimentos na Estação Ferroviária da cidade. O abastecimento está comprometido, principalmente, no Centro e Batel.
Doações
A prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná criaram campanhas para arrecadar donativos aos moradores do Litoral afetados pelas chuvas.
O que doar: Serão arrecadados cobertores, colchonetes, roupas e, principalmente, água mineral.
Onde: supermercados da Rede Big e Mercadorama, pontos de coleta do Provopar, postos do Corpo de Bombeiros e Fundação de Ação Social (Rua Eduardo Sprada, 4.520, Campo Comprido) - o plantão neste domingo será das 8 às 17 horas. Neste domingo é possível doar também nas entradas do Estádio Major Antônio Couto Pereira.
*Doações de colchões: barracão da Defesa Civil, Rua Sergipe, 1.712, Vila Guaíra, Curitiba.
Informações: (41) 3350-2607.
Boletim da Defesa Civil das 16h
Antonina
Residências danificadas: 40
Pessoas desalojadas: 300
Pessoas desabrigadas: 140
Óbitos: 2
Pessoas abrigadas:50
Morretes
Residências danificadas: 2.450
Pessoas desalojadas: 8.000
Pessoas desabrigadas: 680
Pessoas desaparecidas: 1
Pessoas abrigadas:60
Total de pessoas afetadas: 15.178
Paranaguá
Residências danificadas: 75
Residências destruídas: 40
Pessoas desabrigadas: 147
Pessoas desalojadas: 103
Pessoas abrigadas:80
Guaratuba
Residências danificadas: 50
Pessoas desalojadas: 50
Total de pessoas afetadas: 1.500
A terceira morte que havia sido confirmada pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Morretes passou a integrar o número de pessoas desaparecidas, pois não foi localizado o corpo da vítima.
Mortes em Antonina
Duas pessoas morreram soterradas depois que um deslizamento de terra provocou o desabamento de casas em Antonina nesta sexta-feira (11), segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Morretes e Antonina, tenente Taylor Machado.
Prefeito de Morretes pede ajuda
O prefeito de Morretes, Amilton de Paula, fez um apelo aos governos estadual e federal para que liberem recursos para a reconstrução do município. “Os prejuízos com estrutura de estradas, pontes, escolas e postos de saúde devem ser de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões”, diz o prefeito.
Especialistas apontam semelhanças entre o Litoral do PR e a região serrana do Rio
O desastre natural ocorrido na região deMorretes e Antonina, no litoral paranaense, nos últimos dias, é semelhante à tragédia registrada em janeiro passado na região serrana do Rio de Janeiro. A formação geológica da área em que foi registrado o maior desastre natural do país, no começo do ano, tem as mesmas características da região atingida aqui no Paraná – as duas localidades fazem parte da mesma Serra do Mar
Previsão do Tempo
De acordo com o Simepar, ainda há previsão de chuva fraca para o litoral paranaense até segunda-feira. A partir de terça-feira a tendência é de que o tempo fique firme na região.
Ferrovia está interditada
Com as fortes chuvas que atingiram o litoral, os trens que fazem a ligação do Porto de Paranaguá com o restante do estado pararam de operar na sexta-feira perto do meio-dia.
Entrega dos jornais no litoral
A Gazeta do Povo avisa que não será possível a distribuição do jornal para os assinantes e para as bancas, neste domingo, em:
Morretes; Antonina; Paranaguá e outras cidades do Litoral do Paraná. Também não haverá condições de entrega para Joinville e litoral de Santa Catarina.
Com relação às estradas, a BR-277 foi liberada no sentido Paranaguá-Curitiba às 14h30 deste domingo (13) e, começou a ser liberada também no sentido contrário, mas com restrições. Às 16h20, uma árvore caiu no km 13 entre Morretes e Paranaguá, interditando novamente a pista nos dois sentidos. A concessionária trabalhava para liberar a pista. A BR-376 e a Estrada da Graciosa foram liberadas parcialmente. A orientação é para que se pegue a estrada somente em casos de extrema necessidade.
O último balanço da Coordenadoria da Defesa Civil é de que havia 6.380 pessoas desalojadas e 1.085 desabrigadas. Além disso, o governo do Paraná montou um núcleo para combater a crise, porém, não há informações sobre liberação de verbas.
Antonina
A informação de que não há água mineral para se comprar em Antonina foi passada prefeito do município, Carlos Augusto Machado, e confirmada pela reportagem da Gazeta do Povo na tarde deste domingo.
Não há como chegar ao município por via terrestre, a reportagem chegou a Antonina em um barco da Capitania do Paraná que se deslocava para a cidade para levar donativos.
O Centro e o bairro Batel estavam sem abastecimentos de água.
A região mais afetada em Antonina pela chuva foi a do bairro Laranjeiras. O que se pôde observar logo na chegada ao município é de que há muitas casas soterradas. As ruas próximas à rodoviária estão cheias de barro, porém, os veículos ainda conseguiam passar com dificuldades.
As vítimas de Antonina podem conseguir alimentos, água e leite na estrutura montada pela Defesa Civil, na Estação Ferroviária.
Segundo o levantamento da prefeitura, 200 pessoas estão abrigadas em igrejas da cidade.
A Defesa Civil havia liberado a entrada dos moradores da região do Mirante das Pedras, no Centro, em suas casas, para que tentassem salvar alguns pertences. A autorização foi suspensa porque havia risco de deslizamentos de terra e de pedras do morro.
A BR-277 foi liberada no sentido Paranaguá-Curitiba às 14h30 deste domingo (13) e com restrições no sentido contrário. De acordo com a concessionária Ecovia, que administra o trecho, a liberação vai ocorrer por etapas.
Às 16h20, uma árvore caiu no km 13 entre Morretes e Paranaguá, interditando novamente os dois sentidos da rodovia. A concessionária trabalhava para liberar a pista.
Do km 13 ao km 30, o tráfego segue em meia pista, em ambos os sentidos. No km 26, onde as cabeceiras de uma ponte foram comprometidas, os veículos trafegam de maneira alternada, por apenas uma faixa. A partir do km 29, o tráfego segue no sentido Curitiba sem restrições.
Segundo a Ecovia, as obras de reconstrução das pontes e das pistas já começaram a ser feitas e a conclusão está prevista para até 180 dias, se as condições do tempo forem favoráveis. Provisoriamente, estão sendo construídas estruturais de metal e ferro que serão instaladas no lugar das pontes que caíram nos km 18 e 24.
Segundo a PRF, chovia fraco em Paranguá às 16h. Os veículos que seguem de Paranaguá para Curitiba pela BR-277 são acompanhandos por um comboio policial no km 26.
A BR-376 foi parcialmente liberada entre os Kms 672 e 664, entre Guaratuba e Tijucas do Sul na noite de sábado (12), por volta das 19 horas. Neste domingo pela manhã, para percorrer o trecho de oito quilômetros, os motoristas levavam cerca de duas horas, segundo a Polícia Rodoviária Federal. “Pode haver queda de barreira a qualquer momento”, alerta o inspetor Fabiano Moreno, da PRF. A recomendação da PRF continua sendo para que somente as pessoas que têm extrema necessidade peguem a estrada.
Segundo a PRF, às 16h20, havia 20 quilômetros de fila, em duas faixas, no sentido Curitiba. Chovia forte no local. Para Santa Catarina, mesmo com apenas uma faixa, não havia filas, mas não é recomendado utilizar a rodovia por conta da chuva e do risco de novos deslizamentos.
Além da BR-376, houve também a liberação da Estrada da Graciosa (PR-410) no sábado. Com isso existem opções para deixar o Litoral do Paraná neste domingo. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) informa que a Estrada da Graciosa deve ser utilizada somente para deixar Morretes. Há riscos de novos deslizamentos de terra e a PR-410 pode ser fechada a qualquer momento. A Estrada da Graciosa é de pista simples e paralelepípedos, por isso requer atenção especial.
O órgão alerta que a rodovia não deve ser usada por quem quer descer a Serra do Mar porque irá atrapalhar o serviço dos caminhões que levam donativos à população litorânea atingida pela chuva.
Confira alguns caminhos alternativos para deixar o Litoral do Paraná em caso de emergência:
De Matinhos e de Pontal do Paraná
Trafegue pela PR-407 até a PR-412 (Guaratuba) e depois para o ferryboat. Após a travessia, siga ainda pela PR-412 até chegar à entrada de Garuva (SC). Depois acesse a BR-101 e então siga pela BR-376. A PRF alerta que o trânsito na 376 está bastante complicado.
Morretes
Para deixar o Litoral, o motorista deve entrar na Estrada da Graciosa (PR-410) e seguir até a ligação com a BR-116, onde deve pegar a pista de retorno para Curitiba. A PRE informa que o policiamento na Estrada da Graciosa foi reforçado, bem como a sinalização na rodovia.
Antonina
A rodovia PR-408 ainda está interditada. Em casos emergenciais, a orientação é para que a população procure a Polícia Rodoviária Estadual, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. Esses órgãos estão auxiliando a população a sair de Antonina em situações de urgência.
Paranaguá
Quem está em Paranaguá deve seguir pela área urbana até a PR-407 (Pontal do Paraná). A PRE alerta que não se deve trafegar pela BR-277 – que está interditada e onde há risco de novos desabamentos.
O motorista vai seguir pela PR-407 até PR-412. Siga pela rodovia até o ferryboat. Depois continua nessa estrada até a entrada de Garuva (SC). Depois acesse a BR-101 e então siga pela BR-376. A PRF alerta que o trânsito na 376 está bastante complicado.
A estimativa da PRE é de que as pessoas que estão na PR-412 (Guaratuba) devem levar entre 4 e 6 horas para conseguir chegar a Curitiba.
Com a trégua dada pela chuva na tarde deste sábado, as equipes conseguiram fazer a limpeza dos trechos mais complicados para que a rodovia fosse aberta de forma provisória. Ainda existe a possibilidade da rodovia ser fechada caso as condições climáticas voltem a piorar.
Com a trégua dada pela chuva na tarde deste sábado, as equipes conseguiram fazer a limpeza dos trechos mais complicados para que a rodovia fosse aberta de forma provisória. Ainda existe a possibilidade da rodovia ser fechada caso as condições climáticas voltem a piorar.
As equipes continuam trabalhando nem nos quatro pontos mais críticos na BR 277, nos quilômetros 13, onde o asfalto cedeu, 18 e 24 onde houve queda de ponte e no 26 que está com a cabeceira comprometida.
Possíveis desvios
A recomendação da PRF e da Autopista continua sendo usar os caminhos alternativos. Os motoristas que precisam ir de Santa Catarina para o Paraná e estão na BR-101/SC podem sair da rodovia no km 113 (região de Itajaí), acessar a BR-470/SC (passando por Blumenau, Ibirama e Rio do Sul) até a cidade de São Cristóvão do Sul (SC) e pegar a BR-116 até Curitiba.
Quem estiver em Curitiba e precisam viajar a Santa Catarina podem fazer o caminho inverso: seguir pela BR-116 até o km 84 (São Cristóvão do Sul), acessar a BR-470/SC e chegar à BR-101/SC por Itajaí (km 113). A concessionária e PRF orienta para que os motoristas evitem utilizar a rodovia, porque ainda há restrição ao tráfego, e sigam por caminhos alternativos.
Na rota alternativa para quem vai ao litoral de Santa Catarina, passando pela Serra Dona Francisca, não havia mais congestionamento na tarde deste domingo.
A segurança e a saúde da população que reside no Litoral do Paraná são duas das principais preocupações neste momento após as fortes chuvas que atingiram a região. Essas questões foram discutidas em reunião neste domingo, da qual participaram o governador Beto Richa (PSDB), secretários de estado, representantes da Defesa Civil, da Ecovia, Copel, Sanepar, entre outros órgãos.
A estrutura de segurança da Operação Verão será mantida por pelo mais uma semana. Cerca de 300 policiais militares e 120 policiais civis permanecem no litoral. Além disso, o governo do estado informou que homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Polícia Técnica também estavam seguindo para a região. O objetivo é garantir a segurança nos municípios litorâneos e evitar que saques ocorram.
Com relação à saúde, equipes desceram para prestar os primeiros socorros já no sábado e levaram medicamentos para combater leptospirose, entre outros. Pacientes que fazem hemodiálise - e se tratavam em Morretes - foram transferidos para Curitiba por meio de helicópteros.
De acordo com o balanço passado na reunião, 200 pessoas estão em abrigos do governo do estado cidades do litoral e 10 mil estão desalojadas (na casa de parentes). A informação é de que parou de chover.
Verbas
O governador Beto Richa (PSDB) informou que entrou em contato com os ministros Fernando Bezerra, Nelson Jobim e Antônio Palocci, porém, ainda não havia nenhuma informação sobre liberação de verbas do governo federal. Jobim disse que poderia enviar tropas do Exército para o Paraná para auxiliar no socorro às vítimas, mas Richa respondeu que, até o momento, não era necessário.
Segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel), 2,413 mil domicílios e estabelecimentos comerciais em todo o litoral ainda estavam sem luz na manhã deste domingo. Em Morretes 1.302 consumidores não tinham fornecimento de energia elétrica. As demais casas e comércios sem energia são de moradores de regiões de Guaraqueçaba (824), Antonina (287) e Paranaguá (274).
(Colaboraram com a matéria: Danielle Brito, Vitor Geron, Isadora Rupp, Paola Carriel, Pollianna Milan, Rosana Felix, Aniela Almeida, Gladson Angeli, Fernanda Leitóles e Juliana Gonçalves, especial para a Gazeta do Povo)
O tráfego está fluindo em meia pista, em ambos os sentidos, entre os kms 13 e 30, para os veículos que estão aguardando na rodovia. No km 26, onde as cabeceiras da ponte foram comprometidas, o tráfego de veículos vai ocorrer de maneira alternada.
A concessionária recomenda que apenas transitem pela rodovia os motoristas que realmente necessitam viajar para o litoral ou para capital neste domingo (13). Para os demais, a recomendação é de que a viagem seja adiada.
A rodovia estava interditada desde sexta-feira (11), quando uma forte chuva alagou as pistas e provocou a queda de duas pontes e deslizamentos de terra. No sentido Curitiba, a pista cedeu no km 13. No sentido Paranaguá, houve deslizamento nos km 41 e 25, queda de duas pontes, nos km 18 e 24, e comprometimento da cabeceira da ponte do km 26 (em ambos os sentidos).
Equipes trabalharam diuturnamente nas últimas 48 horas para liberar o tráfego. As obras de reconstrução das pontes e das pistas já começaram a ser feitas e a conclusão das obras está prevista para até 180 dias, se as condições do tempo forem favoráveis.
A concessionária recomenda que os motoristas dirijam com muito cuidado e que tenham paciência, pois poderão encontrar pontos de lentidão nesse trecho. Também o tempo está bastante instável no local. Maiores informações sobre a condição da estrada podem ser obtidas pelo telefone 0800 410 277, pelo site www.ecovia.com.br ou pelo twitter @ecovia
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