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domingo, 13 de março de 2011

13/03 15:00 - BOLETIM 08 Ecovia libera tráfego na BR-277 por etapas


A BR 277, que liga Curitiba a Paranaguá, acaba de ser liberada no sentido Curitiba pela Concessionária Ecovia e pela Polícia Rodoviária Federal.  A liberação no sentido Paranaguá acontecerá por etapas, uma vez que é necessário inicialmente a retirada de todos os veículos que estão parados no acostamento após a Praça de Pedágio até o Trevo de acesso a Morretes.


Walter Alves / Agencia de Noticias Gazeta do Povo / Situação de Antonina depois das chuvas que atingiram a cidadeSituação de Antonina depois das chuvas que atingiram a cidade
CAOS NO LITORAL

Morretes decreta estado de calamidade e em Antonina já falta água mineral

As estradas que ligam Curitiba ao Litoral foram liberadas parcialmente, mas o tráfego é caótico. A recomendação continua sendo para que as pessoas não viajem para o litoral. Governo forma Comitê de Gestão de Crise
13/03/2011 | 09:59 | GAZETA DO POVOatualizado em 13/03/2011 às 16:35
Morretes decretou estado de calamidade pública na tarde deste domingo, de acordo com aCoordenadoria Estadual de Defesa Civil. O chefe da seção operacional, capitão Eduardo Gomes Pinheiro, informou que a atitude foi tomada porque o município não estava conseguindo dar conta sozinho da situação. Além disso, trata-se de uma sinalização ao governo federal de que é preciso maior apoio e rapasse de recursos.
Após as chuvas fortes que atingiram o litoral desde a última quinta-feira (10), não há água mineral para se comprar em Antonina neste domingo (13). As vítimas devem recorrer à Defesa Civil, que distribui água potável e alimentos na Estação Ferroviária da cidade. O abastecimento está comprometido, principalmente, no Centro e Batel.
Doações
A prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná criaram campanhas para arrecadar donativos aos moradores do Litoral afetados pelas chuvas.
O que doar: Serão arrecadados cobertores, colchonetes, roupas e, principalmente, água mineral.
Onde: supermercados da Rede Big e Mercadorama, pontos de coleta do Provopar, postos do Corpo de Bombeiros e Fundação de Ação Social (Rua Eduardo Sprada, 4.520, Campo Comprido) - o plantão neste domingo será das 8 às 17 horas. Neste domingo é possível doar também nas entradas do Estádio Major Antônio Couto Pereira.
*Doações de colchões: barracão da Defesa Civil, Rua Sergipe, 1.712, Vila Guaíra, Curitiba.
Informações: (41) 3350-2607.
Boletim da Defesa Civil das 16h
Antonina
Residências danificadas: 40
Pessoas desalojadas: 300
Pessoas desabrigadas: 140
Óbitos: 2
Pessoas abrigadas:50
Morretes
Residências danificadas: 2.450
Pessoas desalojadas: 8.000
Pessoas desabrigadas: 680
Pessoas desaparecidas: 1
Pessoas abrigadas:60
Total de pessoas afetadas: 15.178
Paranaguá
Residências danificadas: 75
Residências destruídas: 40
Pessoas desabrigadas: 147
Pessoas desalojadas: 103
Pessoas abrigadas:80
Guaratuba
Residências danificadas: 50
Pessoas desalojadas: 50
Total de pessoas afetadas: 1.500
A terceira morte que havia sido confirmada pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Morretes passou a integrar o número de pessoas desaparecidas, pois não foi localizado o corpo da vítima.
Mortes em Antonina
Duas pessoas morreram soterradas depois que um deslizamento de terra provocou o desabamento de casas em Antonina nesta sexta-feira (11), segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Morretes e Antonina, tenente Taylor Machado.
Prefeito de Morretes pede ajuda
O prefeito de Morretes, Amilton de Paula, fez um apelo aos governos estadual e federal para que liberem recursos para a reconstrução do município. “Os prejuízos com estrutura de estradas, pontes, escolas e postos de saúde devem ser de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões”, diz o prefeito.
Especialistas apontam semelhanças entre o Litoral do PR e a região serrana do Rio
O desastre natural ocorrido na região deMorretes e Antonina, no litoral paranaense, nos últimos dias, é semelhante à tragédia registrada em janeiro passado na região serrana do Rio de Janeiro. A formação geológica da área em que foi registrado o maior desastre natural do país, no começo do ano, tem as mesmas características da região atingida aqui no Paraná – as duas localidades fazem parte da mesma Serra do Mar
Previsão do Tempo
De acordo com o Simepar, ainda há previsão de chuva fraca para o litoral paranaense até segunda-feira. A partir de terça-feira a tendência é de que o tempo fique firme na região.
Ferrovia está interditada
Com as fortes chuvas que atingiram o litoral, os trens que fazem a ligação do Porto de Paranaguá com o restante do estado pararam de operar na sexta-feira perto do meio-dia.
Entrega dos jornais no litoral
Gazeta do Povo avisa que não será possível a distribuição do jornal para os assinantes e para as bancas, neste domingo, em:
Morretes; Antonina; Paranaguá e outras cidades do Litoral do Paraná. Também não haverá condições de entrega para Joinville e litoral de Santa Catarina.

Com relação às estradas, a BR-277 foi liberada no sentido Paranaguá-Curitiba às 14h30 deste domingo (13) e, começou a ser liberada também no sentido contrário, mas com restrições. Às 16h20, uma árvore caiu no km 13 entre Morretes e Paranaguá, interditando novamente a pista nos dois sentidos. A concessionária trabalhava para liberar a pista. A BR-376 e a Estrada da Graciosa foram liberadas parcialmente. A orientação é para que se pegue a estrada somente em casos de extrema necessidade.
O último balanço da Coordenadoria da Defesa Civil é de que havia 6.380 pessoas desalojadas e 1.085 desabrigadas. Além disso, o governo do Paraná montou um núcleo para combater a crise, porém, não há informações sobre liberação de verbas.
Antonina
A informação de que não há água mineral para se comprar em Antonina foi passada prefeito do município, Carlos Augusto Machado, e confirmada pela reportagem da Gazeta do Povo na tarde deste domingo.
Não há como chegar ao município por via terrestre, a reportagem chegou a Antonina em um barco da Capitania do Paraná que se deslocava para a cidade para levar donativos.
O Centro e o bairro Batel estavam sem abastecimentos de água.

A região mais afetada em Antonina pela chuva foi a do bairro Laranjeiras. O que se pôde observar logo na chegada ao município é de que há muitas casas soterradas. As ruas próximas à rodoviária estão cheias de barro, porém, os veículos ainda conseguiam passar com dificuldades.
As vítimas de Antonina podem conseguir alimentos, água e leite na estrutura montada pela Defesa Civil, na Estação Ferroviária.
Segundo o levantamento da prefeitura, 200 pessoas estão abrigadas em igrejas da cidade.
A Defesa Civil havia liberado a entrada dos moradores da região do Mirante das Pedras, no Centro, em suas casas, para que tentassem salvar alguns pertences. A autorização foi suspensa porque havia risco de deslizamentos de terra e de pedras do morro.

Estradas
BR-277 foi liberada no sentido Paranaguá-Curitiba às 14h30 deste domingo (13) e com restrições no sentido contrário. De acordo com a concessionária Ecovia, que administra o trecho, a liberação vai ocorrer por etapas.
Às 16h20, uma árvore caiu no km 13 entre Morretes e Paranaguá, interditando novamente os dois sentidos da rodovia. A concessionária trabalhava para liberar a pista.
Do km 13 ao km 30, o tráfego segue em meia pista, em ambos os sentidos. No km 26, onde as cabeceiras de uma ponte foram comprometidas, os veículos trafegam de maneira alternada, por apenas uma faixa. A partir do km 29, o tráfego segue no sentido Curitiba sem restrições.
Segundo a Ecovia, as obras de reconstrução das pontes e das pistas já começaram a ser feitas e a conclusão está prevista para até 180 dias, se as condições do tempo forem favoráveis. Provisoriamente, estão sendo construídas estruturais de metal e ferro que serão instaladas no lugar das pontes que caíram nos km 18 e 24.
Segundo a PRF, chovia fraco em Paranguá às 16h. Os veículos que seguem de Paranaguá para Curitiba pela BR-277 são acompanhandos por um comboio policial no km 26.
BR-376 foi parcialmente liberada entre os Kms 672 e 664, entre Guaratuba e Tijucas do Sul na noite de sábado (12), por volta das 19 horas. Neste domingo pela manhã, para percorrer o trecho de oito quilômetros, os motoristas levavam cerca de duas horas, segundo a Polícia Rodoviária Federal. “Pode haver queda de barreira a qualquer momento”, alerta o inspetor Fabiano Moreno, da PRF. A recomendação da PRF continua sendo para que somente as pessoas que têm extrema necessidade peguem a estrada.
Segundo a PRF, às 16h20, havia 20 quilômetros de fila, em duas faixas, no sentido Curitiba. Chovia forte no local. Para Santa Catarina, mesmo com apenas uma faixa, não havia filas, mas não é recomendado utilizar a rodovia por conta da chuva e do risco de novos deslizamentos.
Além da BR-376, houve também a liberação da Estrada da Graciosa (PR-410) no sábado. Com isso existem opções para deixar o Litoral do Paraná neste domingo. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) informa que a Estrada da Graciosa deve ser utilizada somente para deixar Morretes. Há riscos de novos deslizamentos de terra e a PR-410 pode ser fechada a qualquer momento. A Estrada da Graciosa é de pista simples e paralelepípedos, por isso requer atenção especial.
O órgão alerta que a rodovia não deve ser usada por quem quer descer a Serra do Mar porque irá atrapalhar o serviço dos caminhões que levam donativos à população litorânea atingida pela chuva.
Confira alguns caminhos alternativos para deixar o Litoral do Paraná em caso de emergência:
De Matinhos e de Pontal do Paraná
Trafegue pela PR-407 até a PR-412 (Guaratuba) e depois para o ferryboat. Após a travessia, siga ainda pela PR-412 até chegar à entrada de Garuva (SC). Depois acesse a BR-101 e então siga pela BR-376. A PRF alerta que o trânsito na 376 está bastante complicado.
Morretes
Para deixar o Litoral, o motorista deve entrar na Estrada da Graciosa (PR-410) e seguir até a ligação com a BR-116, onde deve pegar a pista de retorno para Curitiba. A PRE informa que o policiamento na Estrada da Graciosa foi reforçado, bem como a sinalização na rodovia.
Antonina
A rodovia PR-408 ainda está interditada. Em casos emergenciais, a orientação é para que a população procure a Polícia Rodoviária Estadual, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. Esses órgãos estão auxiliando a população a sair de Antonina em situações de urgência.
Paranaguá
Quem está em Paranaguá deve seguir pela área urbana até a PR-407 (Pontal do Paraná). A PRE alerta que não se deve trafegar pela BR-277 – que está interditada e onde há risco de novos desabamentos.
O motorista vai seguir pela PR-407 até PR-412. Siga pela rodovia até o ferryboat. Depois continua nessa estrada até a entrada de Garuva (SC). Depois acesse a BR-101 e então siga pela BR-376. A PRF alerta que o trânsito na 376 está bastante complicado.

A estimativa da PRE é de que as pessoas que estão na PR-412 (Guaratuba) devem levar entre 4 e 6 horas para conseguir chegar a Curitiba.

Com a trégua dada pela chuva na tarde deste sábado, as equipes conseguiram fazer a limpeza dos trechos mais complicados para que a rodovia fosse aberta de forma provisória. Ainda existe a possibilidade da rodovia ser fechada caso as condições climáticas voltem a piorar.
As equipes continuam trabalhando nem nos quatro pontos mais críticos na BR 277, nos quilômetros 13, onde o asfalto cedeu, 18 e 24 onde houve queda de ponte e no 26 que está com a cabeceira comprometida.
Possíveis desvios
A recomendação da PRF e da Autopista continua sendo usar os caminhos alternativos. Os motoristas que precisam ir de Santa Catarina para o Paraná e estão na BR-101/SC podem sair da rodovia no km 113 (região de Itajaí), acessar a BR-470/SC (passando por Blumenau, Ibirama e Rio do Sul) até a cidade de São Cristóvão do Sul (SC) e pegar a BR-116 até Curitiba.
Quem estiver em Curitiba e precisam viajar a Santa Catarina podem fazer o caminho inverso: seguir pela BR-116 até o km 84 (São Cristóvão do Sul), acessar a BR-470/SC e chegar à BR-101/SC por Itajaí (km 113). A concessionária e PRF orienta para que os motoristas evitem utilizar a rodovia, porque ainda há restrição ao tráfego, e sigam por caminhos alternativos.
Na rota alternativa para quem vai ao litoral de Santa Catarina, passando pela Serra Dona Francisca, não havia mais congestionamento na tarde deste domingo.

Governo forma Comitê de Gestão de Crise; mas não define ajuda financeira
A segurança e a saúde da população que reside no Litoral do Paraná são duas das principais preocupações neste momento após as fortes chuvas que atingiram a região. Essas questões foram discutidas em reunião neste domingo, da qual participaram o governador Beto Richa (PSDB), secretários de estado, representantes da Defesa Civil, da Ecovia, Copel, Sanepar, entre outros órgãos.
A estrutura de segurança da Operação Verão será mantida por pelo mais uma semana. Cerca de 300 policiais militares e 120 policiais civis permanecem no litoral. Além disso, o governo do estado informou que homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Polícia Técnica também estavam seguindo para a região. O objetivo é garantir a segurança nos municípios litorâneos e evitar que saques ocorram.
Com relação à saúde, equipes desceram para prestar os primeiros socorros já no sábado e levaram medicamentos para combater leptospirose, entre outros. Pacientes que fazem hemodiálise - e se tratavam em Morretes - foram transferidos para Curitiba por meio de helicópteros.
De acordo com o balanço passado na reunião, 200 pessoas estão em abrigos do governo do estado cidades do litoral e 10 mil estão desalojadas (na casa de parentes). A informação é de que parou de chover.
Verbas
O governador Beto Richa (PSDB) informou que entrou em contato com os ministros Fernando Bezerra, Nelson Jobim e Antônio Palocci, porém, ainda não havia nenhuma informação sobre liberação de verbas do governo federal. Jobim disse que poderia enviar tropas do Exército para o Paraná para auxiliar no socorro às vítimas, mas Richa respondeu que, até o momento, não era necessário.
Fornecimento de luz e água
Segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel), 2,413 mil domicílios e estabelecimentos comerciais em todo o litoral ainda estavam sem luz na manhã deste domingo. Em Morretes 1.302 consumidores não tinham fornecimento de energia elétrica. As demais casas e comércios sem energia são de moradores de regiões de Guaraqueçaba (824), Antonina (287) e Paranaguá (274).


(Colaboraram com a matéria: Danielle Brito, Vitor Geron, Isadora Rupp, Paola Carriel, Pollianna Milan, Rosana Felix, Aniela Almeida, Gladson Angeli, Fernanda Leitóles e Juliana Gonçalves, especial para a Gazeta do Povo)
O tráfego está fluindo em meia pista, em ambos os sentidos, entre os kms 13 e 30, para os veículos que estão aguardando na rodovia. No km 26, onde as cabeceiras da ponte foram comprometidas, o tráfego de veículos vai ocorrer de maneira alternada.
A concessionária recomenda que apenas transitem pela rodovia os motoristas que realmente necessitam viajar para o litoral ou para capital neste domingo (13). Para os demais, a recomendação é de que a viagem seja adiada.
A rodovia estava interditada desde sexta-feira (11), quando uma forte chuva alagou as pistas e provocou a queda de duas pontes e deslizamentos de terra. No sentido Curitiba, a pista cedeu no km 13. No sentido Paranaguá, houve deslizamento nos km 41 e 25, queda de duas pontes, nos km 18 e 24, e comprometimento da cabeceira da ponte do km 26 (em ambos os sentidos).
Equipes trabalharam diuturnamente nas últimas 48 horas para liberar o tráfego. As obras de reconstrução das pontes e das pistas já começaram a ser feitas e a conclusão das obras está prevista para até 180 dias, se as condições do tempo forem favoráveis.
A concessionária recomenda que os motoristas dirijam com muito cuidado e que tenham paciência, pois poderão encontrar pontos de lentidão nesse trecho. Também o tempo está bastante instável no local. Maiores informações sobre a condição da estrada podem ser obtidas pelo telefone 0800 410 277, pelo site www.ecovia.com.br ou pelo twitter @ecovia

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