Vista aérea da encosta do litoral
CAOS NO LITORAL
Litoral paranaense sofre as consequências das chuvas e do grande volume de terra e árvores que foram abaixo, destruindo casas que estavam pelo caminho. BR-376 está totalmente bloqueada desde o início da manhã; na 277, interdições também são constante
Leia abaixo toda a cobertura sobre o caos no litoral paranaense. Você pode ler pela ordem direta ou utilizar os links âncora (azuis) para navegar pelo texto aos itens sugeridos.
Doações
A prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná criaram campanhas para arrecadar donativos aos moradores do Litoral afetados pelas chuvas.
O que doar: Serão arrecadados cobertores, colchonetes, roupas e, principalmente, água mineral.
Onde: supermercados da Rede Big e Mercadorama, pontos de coleta do Provopar, postos do Corpo de Bombeiros e Fundação de Ação Social (Rua Eduardo Sprada, 4.520, Campo Comprido).
*Doações de colchões: barracão da Defesa Civil, Rua Sergipe, 1.712, Vila Guaíra, Curitiba.
Informações: (41) 3350-2607.
Situação de emergência x estado de calamidade pública
O chefe da seção operacional da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil no Paraná, capitãoEduardo Gomes Pinheiro, explicou a diferença entre os desastres e de que forma eles são classificados:
Desastre de nível 1 – São pequenos desastres e também podem ser considerados acidentais. Trazem impacto restrito para o município por se tratar de um evento pontual, que a própria administração local tem condições de resolver. Não caracteriza uma situação anormal.
Desastre de nível 2 – São desastres de médio porte, mas que também podem ser superados pelo município ou estado sem a necessidade de auxílio externo. Também não caracteriza uma situação anormal.
Desastre de nível 3 – São desastres de grande porte. Eventos com esta intensidade indicam que o município ou estado tem condições de resolver a situação apenas com os próprios recursos, mas necessita de complementação do governo estadual ou federal, respectivamente. Caracterizam situação de emergência (SE).
Desastre nível 4 – São chamados de desastres de muito grande porte. Indicam que a situação na qual se encontra o município o estado só será superada com o auxílio de governos e órgãos externos. Geralmente são eventos que provocam a descaracterização da organização do município ou estado. O estado de calamidade pública (ECP) representa um desastre de nível 4.
Boletim da Defesa Civil das 12 horas
Antonina
Residências danificadas: 300
Residências destruídas: 20
Pessoas desalojadas: 600
Pessoas desabrigadas: 150
Óbitos: 2
Pessoas abrigadas:50
Pessoas afetadas: 1.500
Morretes
Residências danificadas: 2.450
Pessoas desalojadas: 8.000
Pessoas desabrigadas: 680
Pessoas desaparecidas: 2
Pessoas abrigadas:60
Total de pessoas afetadas: 15.178
Paranaguá
Residências danificadas: 75
Residências destruídas: 40
Pessoas desabrigadas: 147
Pessoas desalojadas: 103
Pessoas abrigadas:80
Pessoas afetadas: 250
Guaratuba
Residências danificadas: 50
Pessoas desalojadas: 50
Total de pessoas afetadas: 1.500
A terceira morte que havia sido confirmada pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Morretes passou a integrar o número de pessoas desaparecidas, pois não foi localizado o corpo da vítima.
Mortes em Antonina
Duas pessoas morreram soterradas depois que um deslizamento de terra provocou o desabamento de casas em Antonina nesta sexta-feira (11), segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Morretes e Antonina, tenente Taylor Machado.
Prefeito de Morretes pede ajuda
O prefeito de Morretes, Amilton de Paula, fez um apelo aos governos estadual e federal para que liberem recursos para a reconstrução do município. “Os prejuízos com estrutura de estradas, pontes, escolas e postos de saúde devem ser de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões”, diz o prefeito.
Especialistas apontam semelhanças entre o Litoral do PR e a região serrana do Rio
O desastre natural ocorrido na região deMorretes e Antonina, no litoral paranaense, nos últimos dias, é semelhante à tragédia registrada em janeiro passado na região serrana do Rio de Janeiro. A formação geológica da área em que foi registrado o maior desastre natural do país, no começo do ano, tem as mesmas características da região atingida aqui no Paraná – as duas localidades fazem parte da mesma Serra do Mar
Ferrovia está interditada
Com as fortes chuvas que atingiram o litoral, os trens que fazem a ligação do Porto de Paranaguá com o restante do estado pararam de operar na sexta-feira perto do meio-dia.
Entrega dos jornais no litoral
A Gazeta do Povo avisa que não será possível a distribuição do jornal para os assinantes e para as bancas, neste domingo, em:
Morretes; Antonina; Paranaguá e outras cidades do Litoral do Paraná. Também não haverá condições de entrega para Joinville e litoral de Santa Catarina.
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Chuvas afetam outras cidades no estado
De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, outrastrês cidades do Paraná também foram afetadas por causa das chuvas.
O órgão registra problemas em Honório Serpa, na região centro-sul, 12 pontse foram danificadas por causa da enxurrada e afetou 4 mil pessoas.
Em São José dos Pinhais, 400 pessoas da Colônia Castelhano estão isoladas por causa de quedas de barreiras nas vias de acesso.
Outra cidade afetada foi Mangueirinha, na região Centro-sul. Na cidade, as estradas estão danificadas, 50 residências e 2 mil pessoas foram afetadas.
Defesa Civil já encaminhou 140 toneladas de donativos para o Litoral
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil já encaminhou 140 toneladas de donativos para ascidades atingidas pelas chuvas no Litoral do Paraná. De acordo com o órgão, as doações faziam parte do estoque da instituição e foram encaminhadas para Antonina, Morretes eParanaguá entre sexta (11) e segunda-feira (14).
Com frente fria se deslocando, intensidade das chuvas diminuiu no Litoral
Uma frente fria que se desloca pelo oceano na costa do Paraná deve deixar o estado entre terça (15) e quarta-feira (16), fazendo com que a intensidade das chuvas diminua, especialmente no Litoral, que é a região mais afetada por esta circulação. De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, chuvas com mais intensidade devem ocorrer ainda nesta segunda-feira (14), mas a previsão é de que o volume das precipitações seja reduzido gradativamente nos próximos dias.
Apesar da diminuição das precipitações, o tempo vai permanecer instável na região e há possibilidade de que volte a chover na quinta-feira (17). Já na sexta (18), há previsão de pancadas de chuva com trovoadas.
Estradas
Uma queda de barreira voltou a interditar os dois sentidos da BR-376, entre Curitiba (PR) eJoinville (SC), na manhã desta segunda-feira (14). A queda ocorreu no quilômetro 670, na região de Guaratuba. A informação foi divulgada por volta das 6h45, no Twitter daPolícia Rodoviária Federal (PRF). Por votla das 14 horas, a Autopista Litoral Sul, concessionária de pedágio que administra a rodovia, informou que toda a região de serra está interditada. O bloqueio vai do km 630 da BR-376 até o km 27 da BR-101, já no trecho catarinense da rodovia. O único meio de chegar até Garuva é acessando a cidade por Guaratuba, o que implica em uma viagem pela BR-277 e na trevessia do ferry-boat.
A PRF também informou, na manhã desta segunda-feira (14), que a BR-277 estava parcialmente interditada entre os quilômetros 13 e 30, por volta das 7 horas. A rodovia seria liberada para o trânsito de veículos leves e caminhões vazios no sentido Paranaguá-Curitiba. Neste trecho, está sendo feita a implantação de estruturas metálicas para funcionarem como pontes temporariamente. De acordo com a Ecovia, concessionária de pedágio que administra o trecho, o tráfego é liberado para um carro por vez, o que causa lentidão.
A concessionária estuda a viabilidade de manter a estrutura para que caminhões carregados passem pelo local. A princípio, apenas motos e veículos leves têm autorização para passar. A passagem de veículos leves na praça de pedágio, no sentido Paranaguá, também foi liberada.
Os caminhões, que têm o tráfego retido, estão parados em três pontos: dos quilômetros 3 ao 7, do 29 ao 34 e do 60 ao 70.
As PRs 408, 410 (Graciosa) e 411, que fazem a ligação para Morretes e Antonina, foram liberadas para o tráfego na manhã desta segunda-feira. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE)< a liberação ocorreu por volta das 9 horas. A Estrada da Graciosa está blqoueada desde as 12 horas no trecho entre os quilômetros 20 e 30, entre São João da Graciosa e a entreda para a PR-408, para a realização de obras e limpeza da pista. Não há previsão de quando a via será liberada.
Possíveis desvios
A recomendação da PRF e da Autopista continua sendo usar os caminhos alternativos. Os motoristas que precisam ir de Santa Catarina para o Paraná e estão na BR-101/SC podem sair da rodovia no km 113 (região de Itajaí), acessar o km 184 da BR-470/SC (passando por Blumenau, Ibirama e Rio do Sul) até a cidade de São Cristóvão do Sul (SC) e pegar a BR-116 até Curitiba.
Os usuários que estão em Curitiba e precisam viajar a Santa Catarina podem fazer o caminho inverso: seguir pela BR-116 até o km 84 (São Cristóvão do Sul), acessar a BR-470/SC e chegar à BR-101/SC por Itajaí (km 113).
Morretes
Para deixar o Litoral, o motorista deve entrar na Estrada da Graciosa (PR-410) e seguir até a ligação com a BR-116, onde deve pegar a pista de retorno para Curitiba. A PRE informa que o policiamento na Estrada da Graciosa foi reforçado, bem como a sinalização na rodovia.
Antonina
A rodovia PR-408 ainda está interditada. Em casos emergenciais, a orientação é para que a população procure a Polícia Rodoviária Estadual, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. Esses órgãos estão auxiliando a população a sair de Antonina em situações de urgência.
Interdições marcam o fim de semana
Durante o fim de semana, as rodovias foram fechadas e liberadas para tráfego diversas vezes, em razão das quedas de barreiras e da destruição de cabeceiras de pontes. Na BR-277m a Ecovia estima que as obras de reconstrução das pontes e das pistas, que já começaram a ser feitas, sejam concluídas em até 180 dias, se as condições do tempo forem favoráveis. Provisoriamente, estão sendo construídas estruturas de metal e ferro que serão instaladas no lugar das pontes que caíram nos km 18 e 24. As informações atualizadas podem ser consultadas pelo twitter da Ecovia (@ecovia) ou da PRF (@PRF191PR)
Na BR-376, além das quedas de barreiras, um grave acidente interditou a rodovia no domingo (13). Um acidente envolvendo duas carretas e três carros de passeio que deixou uma pessoa morta e três gravemente feridas. De acordo com a concessionária Autopista Litoral Sul, que administra o trecho, um caminhão perdeu o freio no quilômetro 667 e atingiu os outros quatro veículos. O congestionamento no local chegou a 40 quilômetros.
Protesto de caminhões
No km 60 da pista sentido Paranaguá, próximo ao pedágio, os caminhões que estavam parados no acostamento ocuparam, no fim da tarde de comingo (13), as pistas impedindo a passagem dos únicos veículos liberados para seguir pela 277 no sentido Litoral, que são os carros de socorro e com donativos. Segundo a Ecovia, eles queriam que a rodovia fosse liberada no sentido Litoral, assim como ocorreu com as pistas do sentido contrário. A concessionária avisou que seria impossível atender esta reivindicação, principalmente depois que o km 26 voltou a ser fechado. Minutos depois, os motoristas retiraram os caminhões da pista.
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (AppA) afirma que não terá problemas para escoar a carga que está represada nos caminhões que ficaram presos na BR-277 depois de sua interdição na última sexta-feira. A assessoria do órgão garante que não será necessário planejamento extra para manter as operações em dia e sem atraso.
De acordo com a Appa, o pátio ainda está com capacidade para abrigar 500 caminhões e realizar o escoamento de 100 mil toneladas por dia. O problema, segundo a administração, será os prejuízos gerados pela ociosidade do porto caso o bloqueio da estrada continue. Nesta segunda-feira, as cargas dos 450 caminhões que estão no local já devem ser embarcadas e se os caminhões não conseguirem chegar até Paranaguá, a estrutura ficará ociosa nos próximos dias.
Cidades afetadas
As chuvas que atingiram o Paraná desde a última quinta-feira (10) causaram estragos e muitos prejuízos em sete municípios. O último balanço da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil - da manhã desta segunda-feira (14) - informava que as cidades atingidas eram São José dos Pinhais, na região metropolitana deCuritiba; Honório Serpa e Mangueirinha, no Sudoeste do Paraná; Antonina, Morretes, Paranaguá e Guaratuba, no Litoral do estado.
Morretes decretou estado de calamidade pública na tarde domingo (13) e Paranaguá havia entrado em situação de emergência na sexta-feira (11).
A Colônia Castelhanos, em São José dos Pinhais, ainda estava parcialmente isolada na noite de domingo. Aproximadamente 400 pessoas residem no local e estavam sem luz. O acesso era bastante difícil.
A comunidade tinha água potável e alimentos. A preocupação era com a produção de banana – principal fonte de renda da comunidade – que estava sendo escoada lentamente com auxílio dos tratores.
Situação em Antonina e Morretes
O número de pessoas desalojadas em Antonina dobrou, de acordo com o último balanço divulgado pela Defesa Civil, às 12 horas desta segunda-feira (14). Foram afetados 1.500 moradores, sendo que 600 estão desalojados e 150 desabrigados. As chuvas danificaram 300 residências e destruíram outras 20.
Água, gasolina e determinados alimentos começam a faltar no litoral do Paraná. A interdição na BR-277 entre sexta-feira (11) e domingo (13) fez com que fornecedores dos supermercados de Antonina não conseguissem chegar ao município. Com isso, a situação na cidade é de que determinados alimentos começavam a faltar. Em alguns comércios faltavam biscoitos, em outros carnes e ainda alimentos de preparo rápido. Apesar da situação, não se pode afirmar que faltam alimentos na cidade. Como foi dito, há dificuldade para encontrar produtos pontuais.
O grande problema de Antonina é de que não há água mineral para se comprar na cidade neste domingo. Os moradores podem conseguir alimentos, água e leite na estrutura montada pelaDefesa Civil, na Estação Ferroviária.
Outro ponto de distribuição de água é em um colégio na Ponta da Pita, segundo a Defesa Civil. No local funciona uma escola municipal e um colégio estadual. O endereço é Rua Engenheiro Luiz Augusto Leão Fonseca, 923.
Além disso, não há gasolina nos postos de combustível. Os motoristas encontram apenas álcool.
A informação de que não há água mineral para se comprar em Antonina foi passada pelo prefeito do município, Carlos Augusto Machado, e confirmada pela reportagem da Gazeta do Povo na tarde deste domingo.
Não há como chegar ao município por via terrestre, a reportagem chegou a Antonina em um barco da Capitania do Paraná que se deslocava para a cidade para levar donativos.
A região mais afetada em Antonina pela chuva foi a do bairro Laranjeiras. O que se pôde observar logo na chegada ao município é de que há muitas casas soterradas. As ruas próximas à rodoviária estão cheias de barro, porém, os veículos ainda conseguiam passar com dificuldades.
A Defesa Civil havia liberado a entrada dos moradores da região do Mirante das Pedras, no Centro, em suas casas, para que tentassem salvar alguns pertences. A autorização foi suspensa porque havia risco de deslizamentos de terra e de pedras do morro.
Calamidade pública
Morretes decretou estado de calamidade pública na tarde deste domingo, de acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. O chefe da seção operacional, capitão Eduardo Gomes Pinheiro, informou que a atitude foi tomada porque o município não estava conseguindo dar conta sozinho da situação. Além disso, trata-se de uma sinalização ao governo federal de que é preciso maior apoio e repasse de recursos.
Apesar da situação, o comércio de Morretes não estava com tantos problemas como o de Antonina. Ainda não havia registro de desabastecimento no município. A situação mais caótica estava na zona rural.
Situação em Paranaguá
As aulas da rede municipal, estadual e particular foram suspensas nesta segunda-feira (14) em Paranaguá em razão da falta de água tratada. O abastecimento continuava interrompido para 100% da cidade na manhã desta segunda-feira, segundo o diretor da empresa Água de Paranaguá, Mário Miller. Ele explica que a chuva levou lama e detritos para os mananciais, onde é feita a captação da água.
“Nossa estação não consegue tratar a água pois analises apontaram 100 vezes mais barros e detritos na água do que antes da chuva”, disse. A previsão inicial de que 25% do abastecimento seja retomado até a terça-feira (15) e pelo menos 50% seja normalizado até o fim de semana.
Enquanto isso, os moradores estão sendo atendidos por 10 caminhões-pipas que estão buscando água em uma área de captação em Praia de Leste, em Pontal do Paraná.
Foram instaladas caixas d’água em cinco pontos da cidade: Aeroparque, no bairro Nilson Neves (no Corpo de Bombeiros – Rua Bento Munhoz da Rocha Neto), na Praça da Vila Cruzeiro, na Praça da Paz (Rua Manoel Correia) e na Ilha dos Valadares (Praça da Matriz).
A falta d’água afetou também o atendimento no Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá. As cirurgias eletivas foram suspensas e o hospital atende apenas os casos emergenciais. Caminhões-pipa estão levando água para o hospital a cada três ou quatro horas.
Alguns estabelecimentos comerciais estão cobrando até R$ 50 por galões de 20 litros de água mineral. A população também deve denunciar, por recomendação do Ministério Público, preços abusivos que estejam sendo praticados na venda de galões de água. As denúncias podem ser feitas para a Polícia Militar. O órgão ainda reitera que a água seja usada especialmente para consumo, alimentação e higiene pessoal, sendo evitadas outras atividades.
A população também enfrenta o desabastecimento de combustível. Em alguns postos já não se encontra mais gasolina, e nos que ainda resta combustível é grande a fila para abastecer. Com isso, a empresa Viação Rocio reduziu o número de ônibus do transporte coletivo. Confira as linhas afetadas. A falta de energia elétrica atingia 439 domicílios até a manhã desta segunda, a maioria na zona rural do município e no Morro Inglês.
Governo forma Comitê de Gestão de Crise; mas não define ajuda financeira
A segurança e a saúde da população que reside no Litoral do Paraná são duas das principais preocupações neste momento após as fortes chuvas que atingiram a região. Essas questões foram discutidas em reunião neste domingo, da qual participaram o governador Beto Richa (PSDB), secretários de estado, representantes da Defesa Civil, da Ecovia, Copel, Sanepar, entre outros órgãos.
A estrutura de segurança da Operação Verão será mantida por pelo mais uma semana. Cerca de 300 policiais militares e 120 policiais civis permanecem no litoral. Além disso, o governo do estado informou que homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Polícia Técnica também estavam seguindo para a região. O objetivo é garantir a segurança nos municípios litorâneos e evitar que saques ocorram.
Com relação à saúde, equipes desceram para prestar os primeiros socorros já no sábado e levaram medicamentos para combater leptospirose, entre outros. Pacientes que fazem hemodiálise - e se tratavam em Morretes - foram transferidos para Curitiba por meio de helicópteros.
De acordo com o balanço passado na reunião, 200 pessoas estão em abrigos do governo do estado cidades do litoral e 10 mil estão desalojadas (na casa de parentes). A informação é de que parou de chover.
Verbas
O governador Beto Richa (PSDB) informou que entrou em contato com os ministros Fernando Bezerra, Nelson Jobim e Antônio Palocci, porém, ainda não havia nenhuma informação sobre liberação de verbas do governo federal. Jobim disse que poderia enviar tropas do Exército para o Paraná para auxiliar no socorro às vítimas, mas Richa respondeu que, até o momento, não era necessário.
Segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel), 2,413 mil domicílios e estabelecimentos comerciais em todo o litoral ainda estavam sem luz na manhã deste domingo. Em Morretes 1.302 consumidores não tinham fornecimento de energia elétrica. As demais casas e comércios sem energia são de moradores de regiões de Guaraqueçaba (824), Antonina (287) e Paranaguá (274).
Veja as imagens do litoral no slideshow
(Colaboraram com a matéria: Fernanda Trisotto, Danielle Brito, Vitor Geron, Isadora Rupp, Paola Carriel, Pollianna Milan, Rosana Felix, Aniela Almeida, Gladson Angeli, Fernanda Leitóles, Juliana Gonçalves, especial para a Gazeta do Povo, Bianca Garmatter, correspondente em Paranaguá, Diego Ribeiro e Fernanda Trisotto)
Fonte - Gazeta do povo
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