Total de visualizações

Visite nossa Fan Page

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Paz Sem Voz é Medo - 4,2 mil queixas são registradas no 1.º mês do B.O. eletrônico


Delegacia digital do Paraná teve 6,5 mil acessos, procura semelhante à de estados como Pernambuco e Pará
 / 01/10/2011 | 00:29 | ALINE PERES E DIEGO RIBEIRO
A Delegacia Eletrônica do Paraná registrou 6.684 acessos entre 1.º de setembro, data da inauguração, e a última quinta-feira. Hoje, o serviço disponibilizado pela Polícia Civil completa um mês de atividade. Com tanta procura, o Paraná se aproximou já no primeiro mês de estados com mais registros como Pernambuco (8,5 mil/mês) e Pará (7 mil/mês), que disponibilizam o serviço há mais de cinco anos.

Dos 6,6 mil acessos, 4.256 originaram boletins de ocorrência e 244 foram denúncias, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública. A maioria referente a extravio de documentos, objetos e aparelhos eletrônicos. O restante não se confirmou e, portanto, foi ignorado pela polícia.
Veja como fazer a ocorrência (B.O.) na internet <
Outros estados
Em todos os 23 estados que disponibilizam o serviço, os registros de perda de documentos ainda são os mais comuns. Na Delegacia Virtual (Devir) do Mato Grosso do Sul, criada em 2006, o extravio de documento responde por 95% dos boletins, seguido de furtos simples (4%) e desaparecimentos de pessoas (1%).
Já a unidade de Pernambuco, estado pioneiro das regiões Norte e Nordeste do país, é precursor no atendimento a pessoas jurídicas. Além de extravio de documentos e objetos, furto e roubo de bens até 40 salários mínimos, o delegado Dário Holanda, titular da unidade, atende também acidentes de trânsito sem vítima e depredação ao patrimônio público.
Dos 8,5 mil boletins recebidos por mês, 47% são referentes à perda e furto de documentos e objetos. Ele conta que, na época da implantação, foi feita uma pesquisa em outros países. “A demanda de delitos pequenos respondia em torno de 50% dos boletins registrados em delegacias tradicionais”. Com isso, as delegacias distritais e especializadas ficaram com mais tempo para atender crimes que necessitem de grande investigação.
Nomes
Cada estado tem um nome para a unidade que registra on-line os crimes. Delegacia On-line, Delegacia Interativa, Delegacia Eletrônica, Delegacia Virtual ou Digital são termos que designam a mesma proposta, somente com variações nos serviços oferecidos e na quantidade de registros. No entanto, há quem defenda a ideia de unificação da nomenclatura.
O supervisor da Delegacia Virtual do MS, o investigador Adilson Costa, defende que os nomes devam ser padronizados. “A mesma terminologia facilita a procura do cidadão”, alerta. A sistematização auxiliaria a busca por parte também dos turistas.
O uso da ferramenta eletrônica não tem uma relação imediata com a redução da criminalidade. Mas, de acordo com o ex-secretário Nacional de Segurança Pú­­blica, José Vicente da Silva Filho, os registros servem como peças de um quebra-cabeça para compreender os crimes, com o tipo, local e horário em que eles ocorrem. “A população, de maneira geral, não vai à delegacia por uma série de razões. O mau atendimento é o principal deles”, diz. E para isso, a polícia precisa conquistar a população com uma nova postura.
* * * * *
Interatividade
Você já usou o boletim eletrônico? Ficou satisfeito com o serviço? Por quê?
As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.
Fonte - Gazeta do Povo

Nenhum comentário: