2005
Escândalo do Mensalão Junho
Escândalo
Em junho de 2005, os brasileiros descobriram que o PT havia montado um gigantesco esquema de compra de votos de deputados na Câmara Federal, para aprovar projetos do governo. O escândalo ficaria eternizado no vocabulário político brasileiro como mensalão. Cada deputado custava cerca de 30 000 reais ao mês. A fatura era paga com dinheiro público, desviado por um esquema criado por Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e pelo publicitário e lobista Marcos Valério, sob o comando do então ministro da Casa Civil, José Dirceu. Tudo foi descoberto pouco depois de VEJA ter publicado o conteúdo de uma fita em que Maurício Marinho, então chefe de departamento nos Correios, aparece recebendo propina de empresários em nome do presidente do PTB, Roberto Jefferson. Para não cair sozinho, Jefferson revelou em entrevista a um jornal a existência de um esquema de pagamento
Saiba maisEscandalômetro
Este 'termômetro' mede a gravidade do escândalo (de 1 a 5), com base no destaque editorial que recebeu de VEJA. Quanto maior o número de chamadas de capa e reportagens ao longo do tempo, maior a ‘temperatura’ do caso. O grau máximo se refere a casos como o do mensalão, com 21 capas. O mínimo, a casos como o dossiê da pasta rosa, sem nenhuma capa, mas três reportagens.
Frases
- Não recebi nenhum telefonema do Lula, ele não me mandou nem ao menos um recado. Ninguém do governo me procurou. Eles têm muita confiança no meu silêncio. Dá vontade de começar a contar um pouco do que seiJosé Dirceu, ao saber do resultado de sua cassação pela TV
- Vocês vão se ferrar. Avisa ao barbudo que tenho bala contra eleMarcos Valério, acuado pelas denúncias, em referência ao ex-presidente Lula
- Rápido, sai daí rápido, Zé!Roberto Jefferson, na CPI dos Correios, aconselhando José Dirceu a deixar o cargo
- Quero dizer a vocês, com toda a franqueza, eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento. Estou indignado pelas revelações que aparecem a cada dia, e que chocam o país. O PT foi criado justamente para fortalecer a ética na políticaLula, em pronunciamento aos brasileiros no 91º dia após a eclosão do escândalo
Acervo digital
EDIÇÃO 1918 - 17/8/2005Choque de realidade
Na semana em que novas denúncias estarrecedoras sobre o PT levam deputados do partido às lágrimas, José Dirceu manobra para garantir a sobrevivência de Delúbio Soares na legenda
Outras ediçõesNa semana em que novas denúncias estarrecedoras sobre o PT levam deputados do partido às lágrimas, José Dirceu manobra para garantir a sobrevivência de Delúbio Soares na legenda
EDIÇÃO 2045 - 30/1/2008
Autópsia da corrupçãoEDIÇÃO 2024 - 5/9/2007
O Brasil nunca teve um ministro como eleEDIÇÃO 1952 - 19/4/2006
O sujeito ocultoO sujeito ocultoEDIÇÃO 1946 - 8/3/2006
Valério ameaça falarEDIÇÃO 1923 - 21/9/2005
Da utopia ao caosEDIÇÃO 1921 - 7/9/2005
A propina de SeverinoEDIÇÃO 1919 - 24/8/2005
A crise dos 100 diasEDIÇÃO 1917 - 10/8/2005
As cores da criseEDIÇÃO 1916 - 3/8/2005
Ele assusta o governoEDIÇÃO 1915 - 27/7/2005
A chantagemEDIÇÃO 1914 - 20/7/2005
E depois do show?EDIÇÃO 1913 - 13/7/2005
A maioria acha que ele sabiaEDIÇÃO 1912 - 6/7/2005
A maioria acha que ele sabiaEDIÇÃO 1911 - 29/6/2005
O assalto ao EstadoEDIÇÃO 1910 - 22/6/2005
NocauteEDIÇÃO 1909 - 15/6/2005
O PT assombra o PlanaltoEDIÇÃO 1907 - 1/6/2005
O que será que ele sabe?EDIÇÃO 1906 - 25/5/2005
Diga-me com quem anda...EDIÇÃO 1905 - 18/5/2005
O homem-chave do PTB
Personagens
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Ex-presidente
O que fez e que destino teveJOSÉ DIRCEU
Advogado
O que fez e que destino teveMARCOS VALÉRIO
Empresário
O que fez e que destino teveDELÚBIO SOARES
consultor econômico
O que fez e que destino teveJOSÉ GENOÍNO
Assessor especial da Defesa
O que fez e que destino teveDUDA MENDONÇA
Marqueteiro
O que fez e que destino teveLUIZ GUSHIKEN
Administrador
O que fez e que destino teveJOÃO PAULO CUNHA
Deputado federal
O que fez e que destino teveVALDEMAR COSTA NETO
Deputado federal
O que fez e que destino teveSILVIO PEREIRA
Sociólogo
O que fez e que destino teveZILMAR FERNANDES
Empresária
O que fez e que destino teveROMEU QUEIROZ
Deputado estadual
O que fez e que destino teveROGÉRIO TOLENTINO
Advogado
O que fez e que destino teveROBERTO JEFFERSON
Presidente do PTB
O que fez e que destino teveRAMON HOLLERBACH
Empresário
O que fez e que destino tevePEDRO CORREA
Médico
O que fez e que destino teveJOÃO CLÁUDIO GENU
O ex-chefe de gabinete da liderança do PP
O que fez e que destino tevePROFESSOR LUIZINHO
Professor
O que fez e que destino teveJOÃO MAGNO
Professor
O que fez e que destino tevePAULO ROCHA
Deputado federal
O que fez e que destino teveJOSÉ BORBA
Prefeito de Jandaia do Su
O que fez e que destino teveJACINTO LAMAS
Ex-tesoureiro do PL
O que fez e que destino teveANTÔNIO LAMAS
O que fez e que destino teveCARLOS RODRIGUES
Bispo da Universal
O que fez e que destino teveHENRIQUE PIZZOLATO
ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil
O que fez e que destino tevePEDRO HENRY
Deputado federal
O que fez e que destino teveJOSÉ LUIZ ALVES
Presidente da Codau
O que fez e que destino teveEMERSON PALMIERI
Empresário
O que fez e que destino teveANDERSON ADAUTO
Advogado
O que fez e que destino teveJOSÉ JANENE
Ex-deputado
O que fez e que destino teveBRENO FISCHBERG
empresário
O que fez e que destino teveCARLOS ALBERTO QUAGLIA
empresário
O que fez e que destino teveENIVALDO QUADRADO
empresário
O que fez e que destino teveAYANNA TENÓRIO
executiva
O que fez e que destino teveJOSÉ ROBERTO SALGADO
diretor do Banco Rural
O que fez e que destino teveGEIZA DIAS
ex-gerente financeira da SMP&B
O que fez e que destino teveSIMONE VASCONCELOS
ex-diretora financeira da SMP&B
O que fez e que destino teveKÁTIA RABELLO
Economista
O que fez e que destino teveCRISTIANO PAZ
empresário
O que fez e que destino teveVINÍCIUS SAMARANE
Economista
O que fez e que destino teveANITA LEOCÁDIA
Assessora parlamentar
O que fez e que destino teve
2005
Corrupção nos Correios Maio
Escândalo
Em maio de 2005 VEJA revelou com exclusividade um vídeo em que o empresário Maurício Marinho, então diretor dos Correios, é flagrado embolsando 3.000 reais de propina para direcionar o resultado de uma licitação na estatal. Ao pegar o dinheiro, Marinho jactou-se de agir em nome do PTB. Sem nenhum pudor, ele contava que o deputado Roberto Jefferson, então presidente da legenda, havia recebido o controle sobre vários cargos na administração federal, em estatais e em autarquias em troca do apoio que o PTB dava ao governo Lula. Os ocupantes desses cargos eram obrigados a fazer desvios mensais de dinheiro e repassar a verba Jefferson. "Ele me dá cobertura. Eu não faço nada sem consultar", afirmou Marinho, na fita, sobre o homem que o colocou nos Correios, Roberto Jefferson. O vídeo de 114 minutos é uma espécie de aula magna da corrupção, com cenas e diálogos esclarecedores sobre o assalto ao estado. É o marco zero de uma sucessão vertiginosa de denúncias que paralisaram o país.
Saiba maisVídeos e áudios
Frases
- "É impossível que uma CPI minimamente bem-feita não pegue o Delúbio [Soares, ex-tesoureiro do PT] e o Silvinho [Silvio Pereira, secretário-geral do partido]"José Dirceu, em conversa com um aliado explicando o temor de o governo em relação a abertura da CPI dos Correios
- "O PTB é que me dá cobertura. Ele (refere-se a Roberto Jefferson) me dá cobertura, fala comigo, não manda recado. (...) Eu não faço nada sem consultar. Tem vez que ele (Jefferson) vem do Rio de Janeiro só para acertar um negócio. Ele é doidão!"Maurício Marinho, explicando sob ordens de quem arrecadava propinas dentro dos Correios.
Personagens
ROBERTO JEFFERSON
Presidente do PTB
O que fez e que destino teveMAURÍCIO MARINHO
Administrador de empresas
O que fez e que destino teveANTONIO OSÓRIO BATISTA
Ex-diretor de Administração dos Correios
O que fez e que destino teveROBERTO GARCIA SALMERON
Ex-presidente da Eletronorte
O que fez e que destino teveMAURO DUTRA
Engenheiro
O que fez e que destino teveEDUARDO MEDEIROS
Ex-diretor de Tecnologia dos Correios
O que fez e que destino teveLÍDIO DUARTE
Economista
O que fez e que destino teveHENRIQUE BRANDÃO
Corretor de seguros
O que fez e que destino teveDIMAS TOLEDO
Engenheiro
O que fez e que destino teve
Escandalômetro
Este 'termômetro' mede a gravidade do escândalo (de 1 a 5), com base no destaque editorial que recebeu de VEJA. Quanto maior o número de chamadas de capa e reportagens ao longo do tempo, maior a ‘temperatura’ do caso. O grau máximo se refere a casos como o do mensalão, com 21 capas. O mínimo, a casos como o dossiê da pasta rosa, sem nenhuma capa, mas três reportagens.
1992
Caso CollorMaio
Escândalo
Em maio de 1992, o Brasil descobriu a existência de um esquema corrupto operado no governo - com a anuência do então presidente Fernando Collor de Mello - pelo economista Paulo César Farias, o PC, ex-tesoureiro da campanha de Collor à Presidência. PC recebia propina de empresários interessados em negociar com o governo, ficava com 30% do dinheiro arrecadado e repassava o restante ao presidente. Firmas fantasmas foram criadas para emitir notas fiscais frias. Estima-se que o esquema tenha movimentado, por baixo, 350 milhões de dólares. O caso foi descoberto a partir de uma reportagem de capa de VEJA que trazia, numa entrevista exclusiva, as denúncias de Pedro Collor contra o próprio irmão presidente.
Saiba maisAcervo digital
EDIÇÃO 1255 - 30 de Setembro de 1992CAIU! Depois de ver o mandato que recebeu de 35 milhões de eleitores se arrastar sob o peso de uma crise que durou quatro meses, Fernando Collor é afastado da Presidência em uma votação histórica da Câmara.
Outras ediçõesEDIÇÃO 1307 - 29/03/1993
Sobrou para a secretáriaEDIÇÃO 1279 - 17/03/1993
Sexo, drogas e brigas na DindaEDIÇÃO 1277 - 03/03/1993
O livro-bombaEDIÇÃO 1269 - 06/01/1993
Agonia na DindaEDIÇÃO 1267 - 23/12/1992
Cínico ou LoucoEDIÇÃO 1262 - 18/11/1992
Ruínas da era CollorEDIÇÃO 1260 - 04/11/1992
O que há no computador do esquemaEDIÇÃO 1259 - 28/10/1992
“Eu voltarei”EDIÇÃO 1258 - 21/10/1992
Por quem os sinos dobramEDIÇÃO 1254 - 23/09/1992
Chegou a horaEDIÇÃO 1253 - 16/09/1992
Cafajestadas na fase finalEDIÇÃO 1251 - 09/09/1992
O jardim do marajá da dindaEDIÇÃO 1250 - 02/09/1992
A guerra do impeachmentEDIÇÃO 1249 - 26/08/1992
O Brasil renuncia a CollorEDIÇÃO 1248 - 19/08/1992
Anjos RebeldesEDIÇÃO 1247 - 12/08/1992
Mandato no balcãoEDIÇÃO 1246 - 05/08/1992
A farsa uruguaiaEDIÇÃO 1245 - 29/07/1992
O círculo se fechaEDIÇÃO 1243 - 15/07/1992
O pistoleito do PlanaltoEDIÇÃO 1242 - 08/07/1992
As provasEDIÇÃO 1241 - 01/07/1992
No que vai dar essa criseEDIÇÃO 1240 - 24/06/1992
Collor SabiaEDIÇÃO 1239 - 17/06/1992
O governo não terminará limpoEDIÇÃO 1236 - 27/05/1992
Pedro Collor conta tudoEDIÇÃO 1235 - 20/05/1992
O imposto de renda de PC de 1987 a 1991
Personagens
FERNANDO COLLOR
Senador
O que fez e que destino tevePEDRO COLLOR
Empresário
O que fez e que destino tevePC FARIAS
Empresário
O que fez e que destino teveROSANE COLLOR
O que fez e que destino teveZÉLIA CARDOSO DE MELLO
consultora de empresas
O que fez e que destino teveCLÁUDIO VIEIRA
Advogado
O que fez e que destino teveLUIZ ESTEVÃO
Empresário
O que fez e que destino teveROBERTO JEFFERSON
Presidente do PTB
O que fez e que destino teveJOSÉ ERMÍRIO DE MORAES FILHO
Engenheiro de minas
O que fez e que destino teveWAGNER CANHEDO
Empresário
O que fez e que destino teve
Escandalômetro
Este 'termômetro' mede a gravidade do escândalo (de 1 a 5), com base no destaque editorial que recebeu de VEJA. Quanto maior o número de chamadas de capa e reportagens ao longo do tempo, maior a ‘temperatura’ do caso. O grau máximo se refere a casos como o do mensalão, com 21 capas. O mínimo, a casos como o dossiê da pasta rosa, sem nenhuma capa, mas três reportagens
Frases
- "Minha gente! Não me deixem só! Eu preciso de vocês."Collor, em um pronunciamento feito durante o processo de impeachment, em 1992.
- "Paulo é muito talentoso para fazer o mal. Ao Paulo você pode imputar qualquer coisa, autoria material, intelectual ou a execução de qualquer coisa nefasta".Pedro Collor, em uma fita de vídeo gravada em maio de 1992, com denúncias contra seu irmão, o presidente.
- "Vou desmascarar esses caluniadores. Imprensa de m...Vão engolir pela boca e por outros lugares o que disseram de mim".Fernando Collor, no discurso mais chulo e ofensivo da história dos presidentes, num jantar com aliados em Brasília.
- "Crise? Não estou vendo nenhuma crise. Nenhum vice pode conquistar o respeito da nação se parecer que conspirou para chegar à Presidência. Não estou desejando a vaga, mas se algo acontecer com o presidente, pego meu diploma e assumo. Os democratas que subam a rampa comigo".Itamar Franco, vice de Collor, três meses antes de chegar ao poder graças ao impeachment do presidente.
Manchetes de VEJA
Chuvas
TCU vai apurar envio de verba à Região Serrana
Parlamentares esperam que tribunal informe o que foi feito com R$ 70 mi repassados ao...
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