Quando, e há algum tempo, escrevi um post indagando o que fazia, afinal, o ministro da Pesca, Luís Sérgio, houve gente que não gostou.
Mas aí está: antes de completados biológicos 9 meses, o ministro acaba de ser catapultado.
Tal como ele, o sucessor, senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), só entende de peixe de uma forma: seja assado, cozido ou frito, no prato.
O senador Crivella: "bispo", compositor e cantor de gospel e, agora, "canal de ligação" dos evangélicos com o governo (Foto: Agência Brasil)
Engenheiro de formação, “bispo” da Igreja Universal do Reino de Deus, cantor e compositor gospel, o mais engraçado de tudo, no caso da escolha do senador, é que ele chegou a garantir que sua nomeação para um Ministério que ninguém sabe para que existe (a não ser para distribuir cargos a políticos aliados) nada tem a ver com apoio de evangélicos de sua orientação ao governo. (Veja declaração à Agência Brasil).
Quando é justamente esse o objetivo do governo: amarrar ainda mais firmemente ao saco de gatos irreconciliáveis que é sua chamada “base aliada” no Congresso o partido de Crivella, o PRB, e, em matéria de eleições, esticar o olho gordo em direção aos seguidores do “bispo” Edir Macedo — de quem, aliás, Crivella é sobrinho.
Tanto é que — leia reportagem do site de VEJA –, mais tarde, o senador acabou dizendo, com todas as letras, que pretende ser “canal de ligação” entre evangélicos (será que ele fala em nome de todos?) e o governo lulo-petista.
Termino com um “perguntar não ofende”: quer dizer que teremos um ministro — e da Pesca! — para “ligar” o governo aos evangélicos?
Estamos bem, muito bem…
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