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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Mulher dá a luz para bebê em vaso sanitário na Ilha São Miguel em Paranaguá

A última Sexta-feira Santa (dia 6) vai ficar marcada na vida de muitas pessoas em Paranaguá, principalmente na Ilha de São Miguel. Uma grávida, aos 7 meses de gestação, deu a luz um bebê enquanto estava sentada no vaso sanitário. O caso só não teve um final triste por conta da atuação da técnica de enfermagem Édina Ferreira do Rosário Corrêa, que fez massagem cardíaca na criança após o nascimento. Ela é funcionária da Secretaria Municipal de Saúde e atende as cerca de 350 pessoas que vivem isoladas na comunidade marítima, que fica localizada a 24,3 quilômetros da cidade.

A menina nasceu pesando 1,9 quilo e foi atendida por socorristas do Corpo de Bombeiros após o parto. Ela ainda está internada no departamento de neonatologia da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional do Litoral, mas não corre risco de morrer e estaria tendo acompanhamento mais especializado para pegar peso, conforme informou Édina. A mãe, Ana Paula do Rosário, também passa bem. Ainda não foi confirmado se a menina vai ser chamada de Alexia ou Vitória, diante da história que envolveu seu nascimento.
Édina Ferreira do Rosário Corrêa está sendo cumprimentada por outros funcionários da Secretaria Municipal de Saúde pelo que ocorreu e contou que estava dormindo, por volta das 5h da madrugada, quando foi acordada por membros da comunidade pedindo para que ajudasse à grávida em sua casa. “Saí correndo e, quando cheguei, ela já estava sentada no vaso sanitário. No momento, não imaginava que ela iria dar a luz. Ela gritava muito de dor e eu tentando acalma-la, quando berrou e o bebê nasceu. Só deu para ver o cabelinho da criança no vaso e a mãe desmaiando no mesmo instante”, relatou a técnica em enfermagem.
O bebê, que não se mexia na barriga da mãe havia três dias, foi retirado do vaso sanitário com a placenta, depois foi enrolado em panos por uma parteira da comunidade e colocado numa bacia plástica. Membros da comunidade achavam que a criança estava morta e pediram para que não fosse encaminhada a Paranaguá com a mãe. “Comecei a fazer massagem no coraçãozinho da criança, com meu dedinho. Ela não reagia e as pessoas diziam que não tinha necessidade de levar para Paranaguá, para que fosse enterrada na ilha mesmo. Falei que a criança tinha que ser levada para Paranaguá e peguei a bacia com a criança e sai correndo, porque da comunidade até o trapiche são 800 metros (de distância)”, declarou a técnica de enfermagem.
No meio do caminho até o trapiche, a criança suspirou, o que motivou Édina a continuar fazendo a ressuscitação. Depois ela parou e chupou o nariz da criança, para facilitar a respiração. Nervosa com a situação, ela conta que chorou bastante, mas que ficou feliz com o resultado de tudo. “Quando cheguei ao trapiche, o bombeiro já estava chegando. Dei a bacia com o bebê para ele e as vias aéreas já começaram a ser desobstruídas. O bombeiro viu que a criança estava boa e falou que ainda bem que ele estava com a placenta”, relatou a técnica em enfermagem, que foi informada depois que a criança chegou ao hospital bem e que foi medicada para que não tivesse infecção por ter nascido no vaso sanitário.
Fonte - Diário do Estado - Assessoria de Imprensa PMP

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