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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Gleisi diz que falta de licença ambiental emperra integração de ferrovia

Ministra da Casa Civil disse ter ficado surpresa com a acusação de que o governo federal excluiu o Paraná do pacote de investimentos ferroviários e rodoviários
19/08/2012 | 09:13 | FABIULA WURMEISTER, DA SUCURSAL DE FOZ DO IGUAÇU
Em visita a Cascavel e Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, na tarde deste sábado (18), a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que o Paraná estará “contempladíssimo” no PAC das Concessões, com o anúncio do estudo de melhorias no trecho ferroviário entre Irati, Curitiba e Paranaguá. Em Cascavel, Gleisi disse ter ficado surpresa com as reações de políticos do Paraná que acusaram o governo federal de excluir o estado do pacote de investimentos ferroviários e rodoviários.
Mais tarde, cumprindo agenda política em Foz, Gleisi disse que o trecho da ferrovia entre Irati e o litoral, passando por Curitiba, deverá ser integrado ao ramal que ligará Mafra (SC) a Maracaju (MS). O projeto ainda não foi concluído. “Este braço de ferrovia que cortará o Paraná em algum ponto terá ligação com Irati, de onde se poderá ir até o Porto de Paranaguá ou para Mafra e de lá até o Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Nós precisamos dos dois portos para integrar a logística nacional", afirmou a ministra.
Segundo ela, o projeto não pôde ser anunciado por falta de licença ambiental. “O traçado definitivo na Serra do Mar, uma das áreas mais delicadas que nós temos no estado, ainda depende do estudo de impacto ambiental que já era para ter sido feito. Nós o tínhamos colocado no PAC 2, mas o [ex-governador] Requião não deixou fazer e retiramos. Agora ele entrará no PAC das Concessões”, garantiu. Estuda-se aproveitar o traçado que já existe e melhorá-lo ou ter uma segunda opção, para a volta, por Santa Catarina.
“Só não entra se o governo do estado não quiser passar a concessão da Ferroeste para a Valec fazer o projeto, porque é assim que vai funcionar: fazemos uma parceria público-privada para construir, ampliar e adequar e depois uma licitação para vender capacidade. E, a Valec é a operadora”, completou, lembrando do outro trecho que cortará o estado de Norte a Sul, passando por Ponta Grossa, Irati, a partir de onde também terá opção para seguir até Paranaguá ou Rio Grande, passando por Engenheiro Bley.
Dos 12 trechos ferroviários e 9 rodoviários incluídos pelo governo federal na primeira fase do Programa de Investimentos em Logística, apenas dois cortam o território paranaense: a ligação ferroviária entre o Rio Grande do Sul e São Paulo, passando por Mafra (SC) e Rio Negro (PR); e o ramal que ligará Mafra a Maracaju (MS), passando por Porto Camargo (PR). Na sexta-feira, o governador Beto Richa (PSDB) disse acreditar “que foi um equívoco do governo federal varrer o estado do Paraná do mapa brasileiro”.

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