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quarta-feira, 6 de julho de 2011

PF tem estrutura para fiscalizar, mas falta pessoal


Angel Salgado/ Gazeta do Povo / Prédio ocupado pela PF tem salas vazias porque não há profissionais para ocupá-las
Prédio ocupado pela PF tem salas vazias porque não há profissionais para ocupá-las
Publicado em 06/07/2011 | CARLOS OHARA, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO
Não são apenas falhas em equipamentos e sistemas tecnológicos que expõem o Porto de Paranaguá ao risco de ataques criminosos ou terroristas. A falta de planejamento de ações de longo prazo e constantes, a ausência de recursos financeiros e a falta de profissionais também contribuem para a vulnerabilidade do terminal.
Ancorada em uma marina no Rio Itiberê, a alguns metros do porto, uma moderna lancha da Polícia Federal está praticamente inativa porque não há efetivo policial para compor a tripulação – até alguns meses atrás, não havia nem sequer verba para o abastecimento. Até mesmo a manutenção da embarcação teve de esperar vários meses para ser realizada, após um longo processo de licitação.
Construída com aço blindado, a lancha é equipada com telefones via satélite, radar de busca de longo alcance, sistema de navegação eletrônica, câmeras de monitoramento com opção de visão noturna. E a embarcação também é pre­parada para empregar armamento pesado, como metralhadora, além de estar apta a navegar sob quaisquer condições de tempo.
“Passamos por um período de contingenciamento de verbas, mas o abastecimento e manutenção estão normalizados. O que falta atualmente é efetivo policial para o trabalho”, diz o delegado da PF em Paranaguá, Jorge Luiz Fayad Nazário, que também coordena a Cesportos-PR.
A lancha e outros modernos equipamentos – como voadeiras de alta performance para interceptação e patrulha, barcos de apoio, material de salvatagem, equipamentos táticos e de inteligência – foram adquiridos pelo Ministério da Justiça em 2005 ao custo de R$ 6 milhões, para equipar o Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) em Paranaguá. As operações do núcleo policial, que deveriam ocorrer diariamente, são partes integrantes do Plano Nacional de Segurança Pública Portuária elaborado pela Conportos. No entanto, a lancha raramente é acionada – ela só atua em operações esporádicas, quando a PF consegue reunir um efetivo mínimo.
O prédio que abriga um centro integrado de órgãos de segurança da área portuária, entre eles o Nepom, está quase vazio. “O prédio está lá, inclusive mobiliado. Mas não tenho como ocupar as salas. Não há número suficiente de policiais para isso”, afirma Nazário.
Trabalho fragilizado
A falta de pessoal fragiliza um trabalho que ganhou reconhecimento logo nos primeiros anos de atuação. Em 2007, o Nepom de Paranaguá ocupou as principais páginas da imprensa nacional e internacional com a realização da Operação Kakapo, em 2007, identificando e prendendo um grupo de traficantes que transportava cocaína da Bolívia para Para­naguá, onde armazenava a droga, depois remetida a outros países, principalmente Espanha e Holanda.
No mesmo ano, o núcleo ajudou a desbaratar uma quadrilha que enviava cocaína de alto teor de pureza para o Leste Europeu e para os Emirados Árabes Unidos a partir dos portos de Santos e de Paranaguá.
Fonte - Angel Salgado/ Gazeta do Povo

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